O misto-quente, um simples sanduíche recheado com queijo e presunto é o preferido de muita gente mundo afora. A facilidade com que é feito, a versatilidade dos ingredientes e, claro, o sabor delicioso fazem do misto-quente (também chamado de torrada – no Rio Grande do Sul – ou tostex – em referência ao nome da sanduicheira de metal própria para preparo sobre a chama do fogão). Ele é o sanduíche perfeito para o café da manhã, lanches rápidos e até para refeições maiores, basta acrescentar uma salada ao prato.
História do misto-quente
Há registros pré-históricos de que em algumas tribos da Austrália, aborígenes nômades de alimentavam com a carne da caça do dia entre dois pedaços (ou fatias) de uma massa feita com trigo ou outro cereal.
No século 18, o lorde John Montagu, conde de Sandwich (antigas Ilhas Sandwich, atualmente Havaí), era viciado em jogos de cartas e, para não ter que sair da mesa para se alimentar, colocava pedaços de presunto ou outras carnes entre duas fatias de pão, criando, assim o sanduíche.
Algumas variações
O misto-quente é feito normalmente com pão de forma, presunto cozido e queijo (prato ou muçarela). Mas nada impede que você monte seu sanduíche de diversas maneiras: com pão integral ou francês, outros queijos e embutidos (como lombinho e presunto cru). E a combinação entre o delicioso sanduíche e café pode ser feita com espresso, coado, café gelado, cappuccino…
Croque monsieur: O “primo” francês do misto-quente
À primeira vista, pode parecer que croque monsieur é um sanduíche gourmet, mas na verdade ele é só uma versão mais cremosa e cheia de sabor do nosso queridinho misto-quente.
Em 1919, o escritor francês Marcel Proust mencionou o sanduíche feito de queijo e presunto em seu livro À sombra das raparigas em flor (À l’ombre des jeunes filles en fleurs). É o primeiro registro que se tem do croque monsieur na literatura, portanto, acredita-se que ele tenha sido criado no início do século 20, em um café parisiense no Boulevard des Capucines.
Croque era o nome dado às torradas de pão de forma passadas no ovo e tostadas na frigideira. Se refere à sua crocância, ao barulho que o pão tostado faz nos dentes. E uma das histórias mais curiosas sobre a criação do (hoje) famoso sanduíche conta que o dono de um dos cafés do Boulevard des Capucines tinha fama de ser canibal e aproveitou isso para fazer piada e atrair clientes: quando inventou um sanduíche gratinado foi indagado por um frequentador do café a respeito da carne que havia sido usada, ele respondeu de la viande de monsieur – “isso é carne de um senhor”. Logo, o sanduíche foi apelidado de croque monsieur ou “senhor crocante”.
Ficou com vontade de experimentar o tal senhor crocante? Então confira a receita abaixo!